Falar do empreendedorismo de Steve Jobs é chover no molhado, afinal de contas estamos falando de um empresário de sucesso icônico na sociedade moderna. Contudo existe a pergunta que fica, seria ele o maior vendedor de um produto? Seguir seu caminho é uma formula do sucesso boa para todos os empreendedores?
Nesse texto espero trazer um pouco de reflexão nesse debate.
Steve Jobs
Para quem não sabe Steve Jobs foi um dos fundadores da empresa Apple Inc, a famosa empresa de tecnologia que conquistou o espaço no coração de muitos e se tornou uma das empresas mais valiosas de todos os tempos. A história nos apresenta um empreendedor fora de série que junto com seu amigo Steve Wozniak revolucionou todo o mundo dos computadores. No mundo corporativo, foi inegável a referência de Steve Jobs sobre todos os empreendedores, afinal de contas ele teve um impacto magnético sobre todo o mundo.
No mundo corporativo, foi inegável a habilidade de Jobs de influenciar a plateia a comprar seus produtos. E além disso, em preparar apresentações de forma simples e objetiva. Antes de mais nada, Jobs fazia conforme recomendado pela maioria dos principais designers de apresentação: começava no papel.
De fato, foi inquestionável a presença dessa habilidade nas stevenotes, como eram conhecidas as keynotes de Jobs, transformando a exibição típica de slides, que é tediosa, mecânica e lenta em um evento teatral completo: com heróis e vilões, elenco de apoio e telas de fundo estonteantes. As keynotes de Jobs na MacWorld Expo 2007 e 2008 foram consideradas as melhores apresentações de todos os tempos. O lançamento do Macintosh é considerado uma das apresentações mais impressionantes da história do corporativismo nos Estados Unidos.
Suas técnicas
Nas apresentações Jobs praticou muitas vezes uma técnica do o zen budismo, cujo princípio central é o conceito denominado kanso ou simplicidade. Uma apresentação de Jobs era muito simples, visual e sem marcadores. Pesquisas sobre o funcionamento cognitivo provam que os marcadores são a maneira menos eficaz de transmitir informações importantes. Nos slides de Jobs pôde-se perceber evidências de contenção, simplicidade e uso poderoso, mas sutil, do espaço vazio. Isso dá aos slides um espaço visual pra respirar. Espaço e branco significam elegância, qualidade e clareza.
De forma geral, as grandes apresentações possuem os nove elementos ːSlogan, Declaração de amor, Três mensagens básicas, Metáforas e analogias, Demonstrações, Parceiros, Depoimento do cliente e aval de terceiros, Videoclipes, e Flip charts, suportes e show-and-tell. Em geral, Jobs elaborava um roteiro verbal para sua plateia, esquematizados em grupos de três: uma apresentação pode ser dividida em três atos; a descrição do produto em três recursos; e uma demonstração em três etapas. Para Jobs, a “regra de três” era um dos conceitos mais poderosos da teoria da comunicação.
O fundador da Apple estabeleceu a base de uma história convincente apresentando para sua plateia um antagonista, um inimigo e um problema que precisava de uma solução. Ao introduzir o antagonista (o problema), a plateia se agrupava em torno do herói (a solução). O apresentador tem que criar um espaço no cérebro da plateia para que este retenha a informação que ele esta prestes a transmitir. Se o apresentador oferecer uma solução sem definir o problema isso não vai acontecer. Dessa forma, deve ser criada uma resposta concisa para as perguntas: “O que você faz?“, “Que problema você resolve?“, “Qual é o seu diferencial?“, “Por que devo me interessar?“. De acordo com as pesquisas sobre o funcionamento cognitivo, a plateia começa a “morrer” depois de dez minutos.
Por essas habilidades únicas ele continua sendo até hoje uma referência de vendedor/apresentador de seus produtos único, na minha opinião um dos maiores vendedores da história. Espero que essa reflexão possa ajudar muitos empreendedores nas suas apresentações, afinal de contas aprender com o mestre é sempre algo valioso. Obs: Super indico o livro da Biografia do Jobs de Walter Isaacson. Além disso, falo mais sobre o livro nesse post: Análise do Livro “Steve Jobs” de Walter Isaacson: Vale a Pena? – João Vieira Consultoria